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Por que sua empresa precisa de uma “cara” – e o que João Adibe e Luciano Hang nos ensinam sobre isso

  • Foto do escritor: Israel Carvalho
    Israel Carvalho
  • 5 de dez.
  • 4 min de leitura

As pessoas não se conectam com CNPJ, se conectam com gente.Por isso, cada vez mais empresas estão entendendo que ter uma “cara oficial” – alguém que represente a marca, fale com o público e apareça nos conteúdos – não é vaidade, é estratégia.

Dois exemplos fortes no Brasil são João Adibe (Cimed) e Luciano Hang (Havan). Eles transformaram a própria imagem em motor de marca, vendas e lembrança.

Vamos destrinchar isso.


Por que ter um rosto de marca faz tanta diferença?

Quando uma empresa tem alguém que aparece e assume a comunicação, acontecem algumas coisas importantes:

  • A marca ganha personalidade

  • O público sente proximidade e confiança

  • A mensagem fica mais humana e memorável

  • Conteúdo deixa de ser “institucionalzão” e passa a ser conversa

É o que muitos chamam hoje de “marketing de fundador” – quando o dono ou alguém estratégico vira o principal influenciador da empresa. Economia Real


Exemplo 1: João Adibe – o CEO que transformou a Cimed em marca com rosto

A Cimed é uma gigante farmacêutica. Em tese, um mercado frio, técnico, cheio de regras. E, mesmo assim, virou referência em presença digital.

Um dos grandes motores disso é o próprio CEO, João Adibe Marques. Ele aparece em praticamente todas as redes, mostra bastidores, rotina, viagens, reuniões, fábrica, time… e, claro, fala de produto sem parecer “só propaganda”. Consumidor Moderno+1

Alguns pontos importantes do caso Cimed:

  • João soma milhões de seguidores somando Instagram e TikTok, onde compartilha aprendizados, visão de negócios e estilo de vida ligado à marca. V4 Company+1

  • A estratégia de exposição dele e da família ajudou a quadruplicar o tamanho da empresa em seis anos, apoiando o crescimento com conteúdo e conexão com o público de baixa renda, foco da marca. Bloomberg Línea Brasil

  • Ele chegou a aparecer como ele mesmo em uma novela da TV Globo, em merchandising para a linha de vitaminas Lavitan – misturando entretenimento, branding pessoal e marca em horário nobre. Exame

O recado é simples:

Ele não é “um influencer que tem uma empresa”.Ele é o CEO que entendeu que aparecer é parte do trabalho de crescer a empresa.

Exemplo 2: Luciano Hang – quando o dono VIRA a própria marca

Do outro lado, temos Luciano Hang, fundador e dono da Havan, uma das maiores redes de lojas de departamento do Brasil. Wikipédia+1

É praticamente impossível falar “Havan” sem lembrar dele:

  • Sempre vestido de verde e amarelo

  • Perfil forte nas redes, com milhões de seguidores Instagram+1

  • Presente em campanhas, visitas às lojas, vídeos, anúncios

Ele criou o personagem “Véio da Havan” – uma mistura de empreendedor, garoto-propaganda e símbolo da marca. Isso fez com que:

  • A comunicação da Havan ficasse imediatamente reconhecível

  • A marca ganhasse um rosto fácil de lembrar

  • O varejo, que normalmente é genérico, tivesse uma narrativa própria

Você pode concordar ou discordar do estilo dele, mas do ponto de vista de branding, é inegável:

O dono virou o maior ativo de comunicação da empresa.

O que esses dois casos têm em comum?

Apesar de estarem em mercados bem diferentes (farmacêutico e varejo), João Adibe e Luciano Hang mostram alguns padrões:

  1. Aparição não é aleatória, é estratégicaEles aparecem muito, mas com intenção: reforçar valores, cultura, produtos e posicionamento.

  2. Mostram bastidores, não só vitrineRotina, fábrica, viagens, reuniões, história – isso cria identificação e humaniza a marca. Consumidor Moderno+1

  3. Transformam a própria vida em narrativa de marcaTrabalho duro, crescimento, risco, família, propósito… tudo isso vira conteúdo.

  4. Viraram símbolo do que a empresa acreditaEnergia, otimismo, execução, patriotismo, proximidade… cada um, no seu jeito, representa algo que a marca quer comunicar.


E a sua empresa, precisa de um “influencer oficial”?

Na prática, sim – mas não precisa ser um bilionário famoso, nem alguém caricato.

Esse “rosto da marca” pode ser:

  • O fundador ou sócio principal

  • Um diretor com boa comunicação

  • Um especialista interno (médico, advogado, professor, consultor, etc.)

  • Ou ainda um influenciador parceiro que represente a marca de forma recorrente

O ponto é: alguém precisa assumir o papel de falar com o mundo.


Como começar a dar “cara” à sua empresa

Alguns passos simples pra tirar isso do papel:

  1. Escolha quem vai ser a voz principalAlguém que tenha:

    • Alinhamento real com os valores da marca

    • Disponibilidade para aparecer com frequência

    • Vontade de se desenvolver em comunicação

  2. Defina um posicionamento claro dessa pessoaO que ela representa?Ex.: “Empresário que mostra bastidores sem romantizar”, “fundador pé no chão”, “especialista que traduz o técnico pro simples”.

  3. Traga essa pessoa pro centro do conteúdo

    • Vídeos curtos explicando bastidores

    • Stories mostrando rotina

    • Participação em podcasts, eventos, palestras

    • Presença em campanhas-chave (sem forçar)

  4. Use o rosto para construir comunidade, não só para venderVenda é consequência. Antes vem:

    • Confiança

    • Proximidade

    • Repetição da mensagem certa


Conclusão: ou sua marca ganha um rosto, ou vira só mais uma

Em um mundo onde todo feed está lotado, quem se destaca não é a empresa que grita mais…É a empresa que aparece com coragem, conta boas histórias e tem alguém em quem o público consegue acreditar.

João Adibe e Luciano Hang são exemplos extremos dessa estratégia, mas a lógica vale pra qualquer negócio – do consultório à indústria, da loja de bairro à marca nacional.

No fim do dia, a regra é simples:

Pessoas compram de pessoas.Se a sua empresa não tiver uma cara… ela vira só mais um logo perdido no meio do caminho.

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